Olha
Diante de certíssima beleza
O poeta belisca o coração...
Quer ver se não está adormecido
Das impurezas resguardado, os sentidos
Ao ver ante si o que tanto imaginou...
Eis o desejado, menina a dobrar a esquina
Suave vulto, precisa impressão
Seguindo certeira e com razão.
Olha
Por conta de tanta lindeza
Espalhada pelo ar...
(divino pólen, ferroada de abelha...)
A beleza pediu licença para viajar
E foi descansar em verdes mares
Em todos os tempos, lugares
Nem se sabe se vai voltar.
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