Olha

Diante de certíssima beleza

O poeta belisca o coração...

 

Quer ver se não está adormecido

Das impurezas resguardado, os sentidos

Ao ver ante si o que tanto imaginou...

 

Eis o desejado, menina a dobrar a esquina

Suave vulto, precisa impressão

Seguindo certeira e com razão.

 

Olha

Por conta de tanta lindeza

Espalhada pelo ar...

(divino pólen, ferroada de abelha...)   

 

A beleza pediu licença para viajar

E foi descansar em verdes mares

Em todos os tempos, lugares

Nem se sabe se vai voltar.

 

Crédito da imagem: https://pt.dreamstime.com/illustration/colmeia.html