Histórias (não) Contadas
Todos os reis e rainhas, todos os príncipes e princesas das histórias que minha mãe lia para mim quando criança,
Nenhum deles chega aos pés da que você me fez escrever e ver.
Nem mesmo os maiores poetas e dramaturgos poderiam prever,
A beleza que você nos fez ser,
Nem mesmo Romeu e Julieta poderiam ultrapassar o esplendor do nosso drama.
Porque eu te amo como nas histórias ainda não contadas,
Porque eu te amo de um modo que o mundo ainda não estava preparado pra ver,
Porque eu te amo como nas histórias ainda não contadas.
Todos os reinos de fada, todas as fantasias passadas de geração em geração,
Vieram de antemão,
De modo que o mundo pudesse se acostumar,
E ter histórias medianas para contar.
Nenhum escritor romancista, com ascendência em tragédias,
Poderia criar cenas tão cheias de sinestesias,
Nem mesmo Baltasar e Blimunda, poderiam ter um amor tão resistente como o nosso,
Que sobreviverá com o passar dos tempos,
Sóbrio.
Porque eu te amo como nas histórias ainda não criadas,
Por que eu te amo de um modo que a literatura ainda não estava pronta para ler,
Porque eu te amo como nas histórias ainda não criadas.
E todo bom romance, tem vilões para subestimar nosso amor que é tão belo,
Eles não merecem muitas páginas,
Pois estão cegos.
Eu te amo como nas histórias ainda não contadas, aquelas atemporais que não morrem com o passar dos anos e os gostos vão mudando.
Eu te amo como nas histórias ainda não contadas,
Porque eu quero te escrever em todos os prólogos, em todos os rodapés e todos os epílogos,
Eu te amo como nas histórias ainda não contadas,
Porque ninguém com esse tipo de história,
Outrora se acostumara.