Entre flores e dragões

De modo rude resignado,

calado. Não compreendido

espremido entre o céus e as montanhas.

Afogado em pranto o peito.

No ato sórdido frustrante,

ao lento da prosopopeia agonizante.

De ante do mundo em vento,

cobre-te de manto o silêncio.

Por fim, obstinado o habito talento,

o notante momento,

o entendimento.

Onde estás o caminho?

Realidade complexa,

deformado sentimento.

Da glória ao conhecimento,

do conhecimento ao contentamento,

do contentamento ao esquecimento.

Paixões! Revoluções!

Oh' doce e amarga rebeldia, chega a calma e meiga alegria da insaciável paixão entre flores e dragões..

Laffoy
Enviado por Laffoy em 19/02/2022
Código do texto: T7455956
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