AOS OLHOS TEUS
Os olhos sem brilho,
Denunciam o trilho,
Que seguiste um dia.
Os olhos sem luminosidade,
Denunciam a perversidade,
Da escuridão que te guia.
Os olhos sem esperança,
Denunciam a criança,
Que carregas em ti.
Os olhos sem cores,
Denunciam os horrores,
Que deixaste aqui.
Os olhos sem mágoas,
Transparecem nas águas,
Que costumam te banhar.
Os olhos sem desejo,
Aproveitam o ensejo,
Para que consigam te animar.
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