JARDIM AMOROSO. Alusão ao Dia do Amor, 14 de Fevereiro
Poema: JARDIM AMOROSO
De: Valdir Loureiro
Imagino o quanto é de mau gosto
aludir a uma data amorosa
com uma carga hipotética e espinhosa
de um Amor que, por Outro, foi deposto.
Vou referir-me, em tela, a outro rosto
que tem olhos para um jardim do amor:
deixa o espinho quebrar-se; colhe a flor
para dar à sua "cara-metade".
Veste a roupa de uma felicidade
que estampa em locais por onde anda.
Sua dança amorosa é uma ciranda
em que brinca de amar em paridade;
toda briga de amor, ele é que abranda
com os conselhos de São Valentim,
colhe as flores que nascem no jardim...
não se abala, não para nem desanda.
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