Dedos deslizam nas teclas, suaves…
num dedilhar inibido, sem pressa.
Cheirando Rhea, num transe, sem traves…
Em cada toque, a marca impressa.
Pele entende, suspiram as partes,
num ofegar ajustado, promessa.
Escondem dedos e línguas apartes.
O afagar entre si que não cessa…
Exaustas mãos se aninham no peito,
acarinhando o corpo amado,
no paraíso por eles eleito.
E não há céu e nem chão, só momento,
até o dia resolve calar
para os amantes comerem o tempo.