CATHERINE
Quando aquele dia chegar
Na gélida manhã cinzenta
Respirarei, profundamente
E direi a o coração, aguenta !
As coisas acontecem a gente se reinventa
A memória de uma dor não mais se sustenta
Foi o tempo que passou, ou talvez findou
Nas andanças da existência
A saudade percorre as lembranças
Dos risos que o tempo levou.
Por toda parte há pedaços de dor
Espalhados pelo tempo
Por lugares onde a luz nunca mais voltou
Que memória ausente tenho eu ao teu lado
Que parte de ti eu ainda guardo
Que não sei distinguir
Nas horas vagas do fim da tarde,
Me invade a presença do teu sorriso
Teu gesto de ninfa encantada toda embriagada de encantos,
Admirando a natureza em redor
Sonhando com a paz tão almejada.
Quando eu passava por aquela estrada entre a Serrania era de ti que eu lembrava a tarde caia e jogava os raios de sol por sobre as montanhas, eras por ti que suspirava.
As flores amarelas nós barrancos
Embriagadas do sol poente.
Há coisas que nunca saem da gente !
Mas quando aquele dia chegar
Na gelida manhã cinzenta
Respirarei profundamente
E direi a o coração aguenta !