Segundo o tempo
Vão-se os tempos e a tarde,
ninguém procura
O lambe-lambe na praça
O realejo, encantando as moças
De saias curtas
Em todo lugar, sua belezura.
Escuta arte, enche de calor
Aquarela! que alegra os pés
Acalmam uma noite, às escuras
Estrelas do azul e o mar
Um olhar lânguido, suspirando o dia
Que me mantém feliz por te tocar
Inspirado na cura dessa paixão
De arte pura, fez-se a melodia
Um verso salvo, solto na alegria
Trazem um doce... por encantar
Papéis riscados guarde em poesia
Nada desalinha...
Ninguém há de apagar
Nem alma santa
Nem mesmo a vaidade ou valentia,
Jogos de azar
E, nem mesmo a carestia
Poderá cantar no verso
Uma música se, lhe faltar poesia!
Sem desejar
tudo, seja o tempo
seja o peito
seja o passo ou o bagaço que mastigou
SEGUNDO O TEMPO
erhi Araujo