AMOR PELA METADE

 

Enchi meus olhos diante 

Da tua beleza,

Dei cordas aos meus pensamentos,

Arranquei as raízes profundas  

Do teu interior.

Aproveitei tudo ao mesmo tempo!

 

Mas é vazia e oca por dentro,

Como sem direção que corta o vento,

Machuca sem cicatrizar ferida,

Terra seca que não nasce mais vida!

 

É ferro que afia a lâmina ao fogo,

Mãos sem compaixão de nada,

Como janela fechada de um quarto,

Represa que se rompe muitas águas!

 

Céu que se fecha e não se abre,

Palavras que não tem força e evasiva,

Amor que não completa outra metade,

Como fúria que devasta uma cidade!

 

A madrugada se despede envergonhada,

As estrelas caindo sem ter mais brilho,

As areias da praia se atracando

Com as ondas,

O dia amanhecendo e o sol refletindo

Nas montanhas saiu chorando!


 

 

 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 25/01/2022
Reeditado em 20/09/2023
Código do texto: T7436902
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