ARTIMANHAS DO AMOR
Num desses dias você levantou
Tão fria,
A cabeça pegando fogo esqueceu-se
Das alegrias,
Teu sorriso não trazia simpatia,
Mas em teu rosto trazia marcas
Que não dormia inúmeras noites,
Teu corpo sentia dores como
De um açoite!
Levei-te ao encontro do meu peito
Para sossegar este mal-estar,
Acolhi tua cabeça em meu ombro,
Devolvi-te na cama devagar,
Minhas mãos circulou tua cabeça,
Teus lábios secos desviaram-se
Beijar-te!
Tentei as artimanhas
Dos apaixonados,
Como teia de aranha envolver-me
Ao teu lado,
Esquecer um pouco o tempo
E com você perder a linha,
Achar tua cintura, ter você
Todinha minha!
Até cair a noite já estamos
Tão molhado,
Teus olhos virarem estrelas
E nossos lençóis amarrotados,
A dor sumiu sem deixar um adeus,
Ficamos olhando a imensidão daquele
Céu e assim amanheceu!