Te amo porque te amo

Te amo, te amo, te amo.

Com tal zelo e com tal intensidade

Que me surpreendo entre o prazer e o medo

Como a linha tênue que separa o riso do pranto.

Eu que não cria ser capaz de amar tanto

Que não queria ver e então não via

Tanto amor explodindo em tanto encanto

E me surpreendo e também me espanto

Ao constatar do tanto que é o quanto

Que te amo, te amo, te amo!

Eu me pergunto e sem me responder

Ouço o silêncio que me fere os ouvidos

Como um grito, um lamento, um canto.

Te amo. Por que te amo tanto?

Se no meu livro o amor era sonho

E eu já não cria no amor e no conto?

Talvez por tanta descrença e tanto "tanto"

E por ter saído do escuro de outro plano

Então percebo entre perplexo e atônito

Que te amo porque te amo!

Tony
Enviado por Tony em 21/11/2005
Reeditado em 21/11/2005
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