Sais

Quanta dor quanta saudades

As vezes o amor me trás

Parece que minha alma

Mergulhou em Alcatraz

Quando saltei do penhasco

Meus ossos viraram sais

O vento me carregou fui morar

Nos manguezais.

Não tinha que ser ferida

O amor tem que navegar

Entre as asas das gaivotas

lamber e adoçar o mar

Devia ter a leveza

De uma bolha de sabão

Mas a alma carregando

A força de um tufão

Pra ser a doce retina

Do olho do furacão.

Raul Arantes
Enviado por Raul Arantes em 23/01/2022
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