Dualidade
Nada se desfaz no tempo atoa.
Canções melancólicas que entoa
o meu verdadeiro eu esculpido.
O cúpido trás um amor irresistível.
Marcas das sombras desentoadas.
Algo estranho e incompreensível.
É difícil mensurar o tempo do amor.
Tudo aquilo que ele nos provocou.
Toda a sua virilidade, depois a dor.
As sensações que você deliciou.
Profundas marcas deixadas.
Tudo ou nada do que restou.
A existência metafórica iludida.
Instantes na memória dissolvida.
Momentos digitalizados da vida.
Lembranças que levaremos após
todas as nossas despedidas.
Somos aglomerado de memórias.
Histórias ficarão para sempre.
Em cada gesto e em cada glória.
Dualidade de uma alma simplória.
Um dia uma dedicatória de quem
só queria falar de amor.