Travessia.
Vejo as ruas,
calçadas, estátuas e areia.
Um mar negro,
um leva e trás de profecias.
Um Sol de escamas,
afere a ferida do cidadão.
Quantos caminham,
e sem rumo se perdem em promessas.
Calam-se pela dor,
pelos rumores de fome.
Nadam e constroem,
Castelos em mananciais perdidos.
Pelo escarlate que tinge os pés que marcham,
na travessia espirituosa dos condenados.
Luto, lutas e labutas,
apenas restos dos que restam.