Travessia.

Vejo as ruas,

calçadas, estátuas e areia.

Um mar negro,

um leva e trás de profecias.

Um Sol de escamas,

afere a ferida do cidadão.

Quantos caminham,

e sem rumo se perdem em promessas.

Calam-se pela dor,

pelos rumores de fome.

Nadam e constroem,

Castelos em mananciais perdidos.

Pelo escarlate que tinge os pés que marcham,

na travessia espirituosa dos condenados.

Luto, lutas e labutas,

apenas restos dos que restam.

Cristiano Stankus
Enviado por Cristiano Stankus em 17/01/2022
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