Pobre Coração!


Ressoa um som lúgubre
Parece vir do coração
Esse pobre que não tem jeito
Insiste em apertar meu peito.

Solitário ante o surdo gemido
Enfeita-se das flores pálidas
Aconchega-se em muros sombrios
Como um pássaro na escuridão.

Um amor outrora interrompido
Machucou demais sua ilusão
Hoje uma redoma de vidro
É sua morada e redenção.

Tira-o das cinzas, oh, Fênix!
Leva-o a voar contigo, liberta-o!
Traz-lhe o ouro da sua plumagem
Faz-lhe ressurgir com sua coragem.



19/11/07