Sonho sem dimensão

Feito um náufrago está meu coração

Tenho fé em tua nobreza, donzela,

Que dele terá dó ou compaixão, pena,

Não era isto que eu queria, mas como diz

Velho ditado: mais vale um pássaro

Na mão que dois voando.

Se teu amor eu perdi culpa minha não foi

Foi marca do tempo que num determinado

Momento os sonhos por água abaixo jogou

Eu fico com a verdade das crianças

Que traz na esperança lindo sonhos de amor.

Arquejando, serra-acima a utopia se curvou

Ao tempo fera-da-espera nas horas tristes, sofridas

Qual índio fera-ferida, no sonho matreiro esquecida

Tentando colher o que nunca na terra plantou.

Fico na expectativa da surpresa vinda do além

Se o milagre para os outros existe, quero

O meu também, sou filho de Deus

E na terra a todos só quero o bem.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 19/11/2007
Reeditado em 19/11/2007
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