R-E-S-U-M-O

Ele escapou dos açoites e do Negreiro Navio,

Da fogueira e das marcas da fivela

Resistiu à forca, à solidão da cela e ao frio

Ao fio da foice e às fraturas nas costelas

Ela o acordou de um sonho submerso

Despindo-o de qualquer resquício de rancor

O despertou de um pesadelo perverso

Colorindo seu mundo sem cor

Resumiu seus milhares de poemas em apenas um verso

Sem remorso, nem penas ou pudor

Ressuscitando-o para um benevolente regresso

Revelando-o um indulgente universo chamado Amor.