Luz Recolhida
Há muito tempo não escrevo.
Hoje, sentado no banco da praça,
Me inspiro.
Quero sentir o arrepio, acender o pavio.
Mordo um brigadeiro com morango,
Olho o jardim, a poça, a lua, mas tá frio.
Penso em você, ensaio um sorriso longo
Sinto até seu perfume em meio ao de terra molhada.
Contorno seus lábios no mar da Minha mente, ora sufocada.
Me vem um arrepio, um calafrio, este banco está tão frio.
Quis me aquecer, mas não há poesia sem estar com você.
Volto a me recolher.