#105- Coragem!
Vez e outra fico triste;
Meus velhos olhos marejam;
A mim, coragem e me manter em riste.
Eu estou sonhando menos, porém sonhos maiores, impulsos vicejam.
Me sinto um artista, pude encantar o público mais uma vez,
Mas, quando fecho as cortinas, fumo um doce malboro.
O artista, um show pra vocês;
Minha vontade não é de ferro, é ouro!
Eu carrego aqui, nestas mãos, boas lembranças;
Não há remorso, é só o meu dever.
Palmas, palmas, palmas para mim,
Sirvam-me um drink, preciso beber.
À vida! Um brinde!
Saúde! Sagrada é nossa angústia diária.
Saúde! Um brinde a nossa solidão!
Um dia, quem sabe, entenderei tudo.