Escrevo pelo meu amor
Escrevo pelo meu amor
Tenha ele tido na vida
Morte matada
Morte morrida
Ou talvez morte sofrida...
Sobrou dele a alma
Sobrou dele a calma
A alma que alimenta minha pena
Sem pena
Se não deu, não há problema...
Me ajuda só a compor esses poemas?
A desvendar esses teoremas?
Me ajuda a abrir esse vinho
Tinto?
Algo que ficou de algo que
Sinto?
Não, não adianta fugir, te evadir
Até a tua ausência é a minha presença
Eis que és teologia, metafísica, magia
És na minha vida renascença
Pois amar é religião, é crença
Amar pode ser só, profundo
Pois amar nem é desse mundo...