Com o feitiço do amor!
Desde sempre quando lembro de mim,
Lembro dela, como se sempre me chamando!
Linda, viva, emoldurada em minha janela!
Gentilezas dos céus, ...do amor, ...de Deus;
Enchendo com sua delicadeza, a tela do espaço!
Prateando com um abraço nosso querer,
...me iluminando!
Bastando que o breu do tempo caia
Antes de dores me ferroarem, vem você!
Nas suas e só suas, feições delicadas
Dadas de presente, aos sabidos amores!
Riscando com graça, mesmo espaço estrelado!
Abrolhando-se para mim em gotas de mel!
Depois para um novo amanhecer,
outra vez, mutando !
Em cada forma que lhe é solicitada se apresentar,
Uma razão nova se refaz, um mútuo querer se confirma!
Mas seja lá 'como e em qual nuance', desponte em seus dotes
Em todas me são, belas demais, ...todas sem retoques;
...todas dedicadas, exclusivas ao amar!
Vê-se sem número de casais se desejando, te fitando,
Imersos em aís, suspiros dobrados, quentes, eternos!
Pra sempre a se enamorarem, os sortudos enamorados!
Tudo em acordo...absolutamete,
...tudo conspirando!
Parecendo se dar e ter uma relação etérea,
Entre o sagrado do amor e o momento dileto ao prazer!
Deles, os afortunados de sentimentos, para com o infinito!
Eu a ela, ela a mim, nós em conluio prometidos;
Envolvidos e também, muito afins!
Numa conjuração que promete juras de sem fim!
Percebendo sua beleza, também sem par,
...ainda me olhando!
Acaricio e deslizo a boca, no vidro translucido,
Donde em minha direção, também me olhas, eu creio...
Sem que me vejam os outros, contorno em silêncio tuas curvas!
Roço vidraças e nossos beijos como quadro vivo,
Percorrem e escorrem na noite, já um pouquinho mais fraca!
Como se tocando tua face alva-e-prata, osculo-te,
...ainda te amando!
A alta, fria e apressada madrugada, bate, bate...
Ordena-me que apague em súbito, meu calor por ti!
Tenho agora comigo, como fardo por demais denso,
Meu cansaço, recolhido de um longo dia sofrido;
...demasiado sono.... muito sono, sim!
E como doce resquício da certeira saudade,
Um restolho de noite parcialmente escurecida nos brinda!
Seu rosto colossal, sem igual, ainda visível!
Mais fulgurante e se é assim for possível ser, ainda mais belo!
Me veem seus olhos que me seguem, até os meus cerrarem de vez!
Sua boca em doce despedida da minha,
...vou procurando!
Aí, sem mais conseguir segurar a pressa indolente,
Adormeço meu inadiável e inegociável adormecer!
Pudessem todos nesse interregno me ver,
Agorinha, veriam todos que estou a sorrir;
Completamente extasiado e contemplativo,
Alumiado pelo brilho intenso, das estrelas
Que ronda e permeiam, seu Luar!
Desejoso que anoiteça em meu quarto,
De novo....rapidamente...
Digo, que enquanto existir esse nosso pra sempre
Com você minha amada Lua, pra todo sempre
...vou eu, te sonhando!