Sou amor
Eu sou arte
Sou poesia
Sou maresia
Sou a brisa todo dia
O teu cangote a cheirar
Sou delírio
Sou paixão
Sou colírio
Que “abre alas” a teu coração
Sou tão fina
E as vezes esquentada
Sou um romance machadiano
Em uma história inventada
Sou a própria escritora
E a grande ameaçadora
Sim eu sou.
Tenho a pena e o pincel
E a capacidade arrebatadora
De pintar todo o céu!
Sou ventania sem motivo
O furacão ao meio dia
Lhe digo: meu bem eu até queria
Ser um tsunami de emoção
Eu sou, sim, todos os fenômenos
Sou a pura natureza
Da floresta os guinomos
Sou a própria delicadeza
Sou do deserto o calor
Sou tudo e sou nada
Mas não me vou
Porque sou amor!
E é só por ele que sou guiada…