Ponteiros e Destinos
Eram noites sem destino,
amor em desalinho,
coisas de paixão.
Por vezes, numa danceteria,
ele sentado à mesa pedia:
quero que dance para mim.
Gosto de vê-la sorrir!
Confuso, sem compreender o que sentia,
vez por outra levantava-se para beijá-la.
A pilastra frente a mesa
era proteção contra olhares invasivos.
Degustavam-se a cada intervalo,
entre abraços compulsivos.
Partiam pelas madrugadas guiados pelos
ponteiros que pendiam sobre suas cabeças.
Viveram, viviam!
Rogoldoni
16 12 2021