Ponteiros e Destinos

 

Eram noites sem destino,

amor em desalinho,

coisas de paixão.

Por vezes, numa danceteria,

ele sentado à mesa pedia:

quero que dance para mim.

Gosto de vê-la sorrir!

Confuso, sem compreender o que sentia,

vez por outra levantava-se para beijá-la.

A pilastra frente a mesa

era proteção contra olhares invasivos.

Degustavam-se a cada intervalo,

entre abraços compulsivos.

Partiam pelas madrugadas guiados pelos

ponteiros que pendiam sobre suas cabeças.

Viveram, viviam!

 

Rogoldoni

16 12 2021

 

Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 05/01/2022
Reeditado em 05/01/2022
Código do texto: T7422428
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