AMANTE SOLITÁRIO
Apagam-se às luzes a sonolenta lua
Passeia por entre às vielas da rua;
Os acordes de um violão solitário
Acompanham um bêbado refratário,
Que a ainda sonha com à sua amada,
Que partiu no crepúsculo da madrugada
Quando a boemia se despedia
Dos prazeres da mundana fantasia.
Que brilhou nos palcos das ficções;
Foi às máscaras das musas das paixões
Maquiadora de anônimos rostos
Designer dos perfeitos corpos
Que pareciam reais e desapareceram.
As estrelas bailarinas já adormeceram
Por entre a neblina do alvorecer
Deixando pra trás a magia do anoitecer.
O amante solitário caminha silenciosamente
Pelos os atalhos da sua mente
À procura da sua anônima companheira,
Talvez, tenha sido uma ilusão passageira.
Dessas que surge na meiguice de um olhar
Que despertou o desejo de amar
Num coração carente de amor
Que um dia abrigou uma linda flor.