Lago azul

A noite cai! No lago azul

As luzes estendem-se amplas;

No galho seco das árvores

Oculta uma coruja canta.

A noite morre! As folhas, a calmaria,

A ira e a alegria aguçam o tempo,

Como véu baixo e pança rasteira

Extingue-se o bárbaro lamento.

A noite morre! Nas profundezas do lago

Banha-se a rede clara do pescador...

Sob forte frisson da brisa gelada

Range nas embarcações costeiras o amor.

No fundo um cantar! Agito estrondoso!

Talvez uma calmaria!... Talvez uma sinfonia...

Dos peixes, dos crustáceos, dos tubarões...

Prevendo no lago, possível maresia...

O Martim pescador bica sua caça

Por baixo das ondas e sobre ventos fortes;

No lago azul ultrapassa teus sonhos

Tentando encontrar talvez a própria sorte!

Às vezes junto aos declives das margens

Os golfinhos também azuis aparecem,

Levantam a cabeça em busca do amor,

Que a outros selvagens também apetece.

Os paturis amedrontados no lago nadam,

Os vôos tornam-lhes bonitos e manhosos.

E em alegre bando exibindo o branco da paz

Cortam o céu pedindo socorros aos bondosos.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/11/2007
Reeditado em 18/11/2007
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