DAMA DE ESPADAS
Amo-te, ó minha doce e quase rude dama.
A um só tempo és rosa com seus espinhos,
Ou lírio, misterioso.
Cheia de puro encanto.
Altivez de divindade. Livre, força sem fama.
Igualmente te quero assim, clara e obscura,
verdade crua, dita de “chofre”, intransitiva.
Gestos de saudades ou repletos de ternura!
Senhora, ela mesma, calma, lenta, objetiva.
O teu jeito calmo, quase tenso, me encanta.
Amo tuas virtudes raras de mulher madura.
Fascina-me essa tua inocência quase juvenil.
Perdoar-me te imploro, busco isso sempre.
Viver contigo plenamente... eternamente.
Dama de espadas no meu baralho cigano.