DAMA DE ESPADAS

Amo-te, ó minha doce e quase rude dama.

A um só tempo és rosa com seus espinhos,

Ou lírio, misterioso.

Cheia de puro encanto.

Altivez de divindade. Livre, força sem fama.

Igualmente te quero assim, clara e obscura,

verdade crua, dita de “chofre”, intransitiva.

Gestos de saudades ou repletos de ternura!

Senhora, ela mesma, calma, lenta, objetiva.

O teu jeito calmo, quase tenso, me encanta.

Amo tuas virtudes raras de mulher madura.

Fascina-me essa tua inocência quase juvenil.

Perdoar-me te imploro, busco isso sempre.

Viver contigo plenamente... eternamente.

Dama de espadas no meu baralho cigano.

thiticobomfim
Enviado por thiticobomfim em 29/12/2021
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