O corpo

O corpo

Quando te conheci, me senti como um corpo que renasceu dos mortos.

Cuja alma foi destroçada por outros guerreiros valentes.

Era como voltar a vida depois de dois anos sepultado por aquele que se foi e me deixou nesta terra

Não havia vida

Não havia paz

Havia apenas o nada

Mas tudo mudou com a sua luz, que chegou clareando o meu caminho e mostrando possibilidades que se quer teria imaginado

Mas essa luz, de alguma forma insana, ou por causa das mãos do destino sob nós, deixou de brilhar.

E eu fiquei perdido na escuridão outra vez.

(Uau, que surpresa!)

Você me levou de volta para aquele velho túmulo e ainda colocou mais cinco palmos de terror sob aquele corpo que um dia foi cheio de vida por você.

Foram meses e meses de idas e vindas.

Chegadas e partidas.

Revirando aquele túmulo, de novo e de novo.

Eu achei que precisava disso, afinal, isso me passava a sensação de se estar vivo.

Porque de certa forma era assim que eu me sentia a

Cada toque, a cada momento compartilhado, a cada fim de semana aos quais eu ansiava desesperadamente

Mais isso não era genuíno

Era só a ideia de algo muito inferior

Muito se passou até que eu me sentisse vivo novamente.

Foi então que eu percebi que a resposta estava em mim. Eu me percebi.

Portanto, deixe-me dizer o que não pude:

Você não precisa mais tentar me concertar, porque eu não estou quebrado.

Você não precisa me encontrar, pois não estou perdido.

E por fim, obrigado.

Obrigado por se mostrar verdadeiramente, e da forma mais suja e cruel.

Talvez eu não seja tão bom com as palavras quanto um poeta. Mas, acredite, aquele corpo inabitável, ao qual você deixou, ele não existe mais.

Que seus próximos amores conheçam a verdade.

Com muito rancor e indiferença.

Doug 💖

BARONAYA
Enviado por BARONAYA em 28/12/2021
Reeditado em 28/12/2021
Código do texto: T7417187
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