Acastanhados olhos de mel
Acastanhados, olhos tristes
Que vertem nos cantos, gotas de choros e de dor
Me conte, só a mim teus quietos apertos
Diga-me, seriam lamentos teus, por acaso?
Ou males que causaram, a ti
...falso amor!
Acastanhados, olhos lindos
Que drenam ao léu, puro mel
Quem te fez, tua brandura assim desandar?
Contenha sua doçura, a extravasar
Saibas, que já estão
À preocupar-se, anjos no céu!
Acastanhada, janela d’alma
Que choram pelo juntar insano, seu ser
Descanse em meus ombros, teus doloridos “aís”
Apartes deste sofrer e não padeças, jamais
Pois não és dele e sim, meu é...
Todo, teu bem-querer!
Acastanhados, olhos teus
Que tanto aprazem e emociaonam, aos meus
Divida comigo um tanto de teu pesar, que tento aliviar seu pranto
Confidente e fiel seu, pra sempre sou e serei, te garanto
Se dividires todas as tuas dores,
Contarei teus abafos, somente pra Deus!