RELICÁRIO
Eu ouvi sua voz
Reparei no seu olhar
E quando dei por mim estava a imaginar.
Uma tarde de verão
Você linda ao sol contemplando o mar
Nossas mãos entrelaçadas
E a alma, ah a alma, sorrindo enamorada.
Sem perceber
Sem notar
Sem nunca te tocar
Eu viajo toda noite nos braços de Morfeu
Só para ir ao encontro teu
Que brilho é esse que me seduz?
Tamanha sutileza em detalhes tão simplórios.
Imagino o sabor do seu beijo
Que bom seria provar, tendo como testemunha Madri, Paris ou Lisboa nas margens do rio Tejo.
Fecho olhos...
E mesmo assim te vejo
Entre versos e prosas
Traduzem-se o que a alma entende como desejo.
Assim pinta-se o cenário.
Lindo, sublime e por que não dizer relicário?
No fundo é só minha alma
Brincando de amor imaginário