A flor da praça

Que coisa doida te encontrar

Foi como reconhecer

Alguém que eu já conhecia

Mesmo sem eu saber

Foi como um deja vu

Daqueles bem reais

De fazer sentir na pele

Os impulsos cardeais

E foi ali que percebi

Que eu estava diferente

E nisso eu deduzi

Que tinha algo com a gente

Mas por medo, insegurança

Tratei logo de te afastar

De matar a esperança

De um dia te ganhar

Porque se eu te ganhasse

Na mesma hora eu perderia

Pois assim que eu falhasse

Eu sei que te machucaria

E não era o meu desejo

Te ganhar pra te perder

Mas tudo o que manejo

Uma hora vai ceder

Fiz isso da pior maneira

Que foi te comparar

De falar essas asneira

Que não devias escutar

E de tanto falar

Acabei te afastando

O medo me cegou

E cá estou, sangrando.

20 de Dezembro de 2021, Natal/RN

Augustophilo
Enviado por Augustophilo em 22/12/2021
Código do texto: T7412594
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