“SUICIDA”

Atualmente sou um assassino de mim mesmo. Tenho matado meu tempo, meus planos, meus projetos, meus sonhos e sentimentos. Isso quando eles não morrem por si só.

Sou o "campo de concentração" de mim mesmo. Sou meu algoz torturando o

meu eu mais otimista.

Sou palco de uma guerra interna onde essa peça não é exibida.

Sou cicatrização e abertura de novas feridas.

Sou liberdade aprisionada, sou prisão de portas abertas.

Sou transformação em câmera lenta, sou dor que não acalenta.

Sou esperança de uma visão míope... sou no momento, o que de mim ainda resta.

Não o busco com isso nem dó nem pena! Essa é só uma descrição de como

a vida às vezes é tão dura, que parece até nem valer a pena.

A felicidade é uma mulher difícil, às vezes inalcançável... por isso, vivo com a alegria mesmo.

Parafraseando Millôr Fernandes, quem mata o tempo não o é um assassino.

É um suicida.

Júnior A C
Enviado por Júnior A C em 20/12/2021
Código do texto: T7411073
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