De todo o meu frívolo

Ouvi você sussurrar meu nome,

Numa ruptura do silêncio,

Num pacato momento,

De perfeito advento.

Vir-te acatar à vontade,

Refugiar a saudade,

Que se vai,

Mas renasce.

Vejo-te em meus sonhos,

Quando invades minha mente,

E vigorosamente,

Me encobre de esplendor.

Eu quero sentir algo,

Que não seja vago,

Que seja memorável.

Eu gostaria de tê-la ao meu lado,

De tocar teus cabelos ondulados,

De acordar em um dia nublado,

E envolver-te em meus braços.

Depositei no cavo do encéfalo,

Um forte anseio de teu beijo,

Que atende por um ensejo,

De em teus traços divagar.

Ostentastes de tanta beleza,

Que nos bailes e pândegas,

Há-te muito o que doar.

Vamos nos aderir em abraços,

Divagar no compasso,

E nos atear em amassos.

Acompanharei teus passos,

E numa valsa qualquer,

Seremos a distinção,

De toda uma agremiação.

Foi-me utopia,

Que por pouco me abomina,

Numa verdadeira ilusão.

Estou por fim perdido,

Com a esperança zunindo,

Uma forte alusão.

De todo o meu frívolo,

Meramente eu.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 19/12/2021
Código do texto: T7411022
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