Teu Imo

Sons,

São vozes?

Na escuridão da noite,

Silenciosamente,

Caço os meus pecados,

E desaguo,

As minhas m’águas aflitas,

No fundo núcleo do meu calo.

Estou sozinho,

Por não saber estimar,

Por considerar-te ir,

Apenas por considerar.

Mas olhe nos meus olhos,

E veja reverberar,

Todo o meu ódio.

Jamais fui tão sério,

Querida,

Jamais,

Fui tão sério.

Apenas respire fundo,

E desvirtue esse rosto atenuado,

Respire,

E sinta,

Divagar para longe o desagrado.

Eu sou inclementemente tolo,

Por considerar-te ir,

Mas saiba,

Que nunca fui tão sério ao dizer:

Que jamais a deixarei partir.

Apenas seja clemente,

E me assente a honra de tocá-la,

Seja indulgente,

E permita-me se possível,

Amá-la.

Que me seja o último derradeiro feito,

Confiscar teu olhar no mais airoso riso,

Confiscar teu sorriso,

Tua mente,

Teu imo.

Meramente considerei o risco,

De ser a verdade,

De ser apenas isso.

Jamais fui tão sério,

Querida,

Jamais,

Tão sério.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 18/12/2021
Código do texto: T7409909
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