AMOR, ETERNO AMOR
Na caixa de lembranças a foto, a recordação
Do último adeus, da ilusão...
O grande amor, o grande feito, o medrado da dor...
Lembranças que doem, que machucam, que aviltam...
Passados remotos que alucinam que me gritam...
Na lembrança o reavivamento do pecado de sentir
O erro de tentar de novo reviver o erro de falir
A grande questão – estar errado! Estar louco de ilusão!
Viver de novo a ilusão dos sentidos... da emoção de ter vivido o amor...
A morte de ter perdido os sentidos e entregar-se à dor....
Reviver o passado tenebroso e frio, lúgubre em desafio
Só para ter a emoção e o sentimento frágil e mágico de amar
O ente tão ausente e findo... O sentimento lindo de amar...
Sofrer com a consciência de estar ainda vivo e pulsante
Na dor de ter se feito tão amante, tão dilacerado...
No pecado de amar incessantemente e declaradamente alucinado...
Ederval Magalhães