Parnasiano
Vá dormir
Que continuo aqui
Nenhum poema se escreve só
Há sempre uma mão invisível
Que conduz a pena no papel
Não durma nunca mais
Pois escreverei por toda a noite
Farei versos dodecassílabos
Em sonetos parnasianos
Decodificarei meu amor
Em forma e verso
Que remontam paixão
Hoje sou Olavo Bilac
E escrevo ao meu amor
Mas meu amor não tem nome
Só tem nome o amor
Que se chama amor
Aquela mão que conduz a pena
Que risca o branco do papel
Me conduz a rima
Me encanta em versos
Palavras frias de amor