Condenados à solidão

Em todo dia que amanhece, questiono:

Por que tem que ser assim? Reclamo.

A gente briga, chora, se machuca, dorme em separado

A madrugada chega melancólica e em silêncio, solitária.

Nenhum de nós cede e esse embate não é bom, nos distancia.

Vencer e perder, sem se arrepender, eis a questão!

Perder ou vencer, é o mesmo que empatar, fora de cogitação

Não há remorsos e menos ainda desejo de voltar atrás

Somos seres imperfeitos, sedentos por – e em busca de - paz

A luta é constante e os desafios que incendeiam minha alma

Alma errante que, no vácuo, grita por você nessa imensidão

Mas você finge ou não ouve minhas lamentações

É uma briga que não termina, não há vencedores

É uma guerra inglória, de nervos, de perdedores

Reféns de nosso próprio egoísmo, condenados á solidão.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 08/12/2021
Código do texto: T7402540
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