Condenados à solidão
Em todo dia que amanhece, questiono:
Por que tem que ser assim? Reclamo.
A gente briga, chora, se machuca, dorme em separado
A madrugada chega melancólica e em silêncio, solitária.
Nenhum de nós cede e esse embate não é bom, nos distancia.
Vencer e perder, sem se arrepender, eis a questão!
Perder ou vencer, é o mesmo que empatar, fora de cogitação
Não há remorsos e menos ainda desejo de voltar atrás
Somos seres imperfeitos, sedentos por – e em busca de - paz
A luta é constante e os desafios que incendeiam minha alma
Alma errante que, no vácuo, grita por você nessa imensidão
Mas você finge ou não ouve minhas lamentações
É uma briga que não termina, não há vencedores
É uma guerra inglória, de nervos, de perdedores
Reféns de nosso próprio egoísmo, condenados á solidão.