Amanhã não saberei te escrever

A poesia amanheceu chorando, pelo tempo que se foi.

E fala de saudades das linhas que cortaram o horizonte.

Do pote, da rede, da fumaça, também da poeira e da estrada.

Do canto dos pássaros, do vôo do gavião e do beija-flor.

Do arco íris e das visitas da bicharada.

Uma bicicleta algodão e cigarro a parte.

Desenhando a história da minha saudade e dos amigos.

Quero ser esta felicidade, a saudade das ruas vazias.

O tempo sem cinzas, um céu azul!...e meu pensamento voador.

Quero a tarde de janeiro do ano esquecido.

Um planeta sem saudade do que não fiz...Júpiter?...não sei.

É giratório o planeta da estação, para que possa minha imaginação seguir.

A minha loucura fomenta meu estado de pecado.

Da história não escrita em papel machê

Mas na sede da minha morada...

Ela se repete cotidianamente...e fico cansada.

Durmo para descansar!

A mente segue aceleradamente e lúcida.

É imenso, o desejo de voar! Voar no mundo da fantasia.

O mundo é inerte...não pleno...nem como pensa a cidade.

Bate saudade!...mas seja hoje...amanhã não saberei te escrever.

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 07/12/2021
Reeditado em 10/12/2024
Código do texto: T7401819
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