Não Importa
Não importa o ser. Se você diz
E não importa também
Se acaso você não ser e não dizer
O que quer que se coloque em pauta
Na presente natureza do ato
Nada nem ninguém sentirá falta.
O recorte de um jornal matutino
Um quadro solitário de natureza morta
Que nada tem de morte
Ou de dor
É apenas um trágico destino
Pois ninguém ira bater em tua porta
Para lhe oferecer amor
O ocaso do destino
É apenas a obscuridade da verdade
Que se aproxima e engana
São os ventos de uma aventura louca
Que do teu hálito morno emana
Em uma esquina qualquer da cidade
Quando eu e você nos beijamos
Nos lábios... na boca...