OLHA! SOU EU

Olha! Sou eu.

Será que importa

Se bate a sua porta

A peregrina do Universo

Procurando místicos sons

Para seus versos de amor?

E depois de misturar cores

Para pintar nos astros

As belas imagens

esboçadas pelos sentimentos,

Importa que bata a sua porta?

Olha! Sou eu.

Depois de muito garimpar,

No veio da inspiração,

Diamantes de saudade

Para compor um colar de versos,

Importa que bata a sua porta?

Olha! Sou eu.

Que diferença faz escrever,

Em papel ou em metal,

Palavras esculpidas no mundo espiritual

Se elas reverberam nas fibras d’alma?

Deixa-me entrar, Deusa da Poesia,

Neste castelo onde viveram

Os grandes poetas do mundo.

Juro que ficarei num cantinho

Rascunhando meus versos

Com a pena da emoção

No rodapé do salão.

20/11/05.