A tristeza da solidão.
Existe uma luz que a escuridão ilumina, motivo pelo qual você não enxerga nada, pensa que o breu da madrugada é o brilho do novo dia.
Essa luz seria o caminho da vossa felicidade, entretanto, você procura ver com a escuridão dos olhos.
Portanto, confunde o sol com a intensidade da noite, imagina que a madrugada é a continuidade do tempo, quando a felicidade é apenas o instante substanciado em vossa essência,
Quem não sabe ver com a cognição esclarecida, confunde o hidrogênio do sol com as ilusões das trevas.
O verdadeiro sábio não vê com o brilho dos olhos, entretanto, com a sabedoria da cognição, quando a pessoa não consegue ver com a razão elaborada, transformam suas escolhas em uma montanha de pedras.
O olho não é o segredo da alma, muito menos o coração, ver com os sonhos é como desejar demolir as proposições.
Deste modo, você não quer escolher o céu, pensa que a escuridão é o seu mundo de luz, perdida na infinidade do universo, recusa a contemplação, não sentindo a doçura do afeto.
Com efeito, não escuta o silêncio da alma, confunde as intuições, como se fossem recordações.
Imagina que a brancura do sorriso é a ideologia da destruição, prefere caminhar sobre pedras, ferindo os pés, destruindo os lábios, criando a ternura como solidão.
Não sabe que sobre a montanha reside um grande abismo, sendo que abaixo do abismo estão suas emoções.
Assim sendo, não terá direito a felicidade, tão somente a tristeza da solidão.
Edjar Dias de Vasconcelos.