A tristeza da solidão.

Existe uma luz que a escuridão ilumina, motivo pelo qual você não enxerga nada, pensa que o breu da madrugada é o brilho do novo dia.

Essa luz seria o caminho da vossa felicidade, entretanto, você procura ver com a escuridão dos olhos.

Portanto, confunde o sol com a intensidade da noite, imagina que a madrugada é a continuidade do tempo, quando a felicidade é apenas o instante substanciado em vossa essência,

Quem não sabe ver com a cognição esclarecida, confunde o hidrogênio do sol com as ilusões das trevas.

O verdadeiro sábio não vê com o brilho dos olhos, entretanto, com a sabedoria da cognição, quando a pessoa não consegue ver com a razão elaborada, transformam suas escolhas em uma montanha de pedras.

O olho não é o segredo da alma, muito menos o coração, ver com os sonhos é como desejar demolir as proposições.

Deste modo, você não quer escolher o céu, pensa que a escuridão é o seu mundo de luz, perdida na infinidade do universo, recusa a contemplação, não sentindo a doçura do afeto.

Com efeito, não escuta o silêncio da alma, confunde as intuições, como se fossem recordações.

Imagina que a brancura do sorriso é a ideologia da destruição, prefere caminhar sobre pedras, ferindo os pés, destruindo os lábios, criando a ternura como solidão.

Não sabe que sobre a montanha reside um grande abismo, sendo que abaixo do abismo estão suas emoções.

Assim sendo, não terá direito a felicidade, tão somente a tristeza da solidão.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/12/2021
Reeditado em 02/12/2021
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