vistas
engordo a vista com os corpos queimados
pela força do sol,
admiro os trabalhos flutuantes e casas oscilantes,
deslumbro apartamentos de vista molhada,
calço os sapatos de areia e vagueio,
pelo comércio de mercadoria alheia,
despercebido e velho o tempo passa,
a verdade fica, a estação hiberna,
olhando para Trás revivo:
o som do cheiro em momentos temporais,
o aroma das caricias em tempestades moribundas,
o real do abstrato no concreto do ato,
a revolução do amor em guerras de paixão atomicamente sensuais
a confusão dos pensamentos que nos degolam bons momentos
na gaiola dos corvos sob a horta do nosso quintal...