VEIAS PROFUNDAS





Os teus olhos voaram no meu céu...
O teu sangue pulsou em minhas veias,
e preencheram a minha cápsula vazia.
E de tal modo o tua alegria assumiu
A minha vasta solidão.
Que, da penumbra surgiram flores...
E na tua terra fértil plantei minhas
Sementes, e no instante da fecundação
Surgiram claridades vibrantes.
Na minha roseira, tu vibraste feito
Uma abelha quando se delicia no
Grão-pólen das flores silvestres.
E na minha taça de vinho tu bebeste
O meu desejo, e condicionalmente,
No meu corpo tu te prendeste.