Suturas d'alma

Há bordados

A cingir minha pele

São delicadas linhas

A unir pontos:

Suturas d'alma...

Ah... esses bordados

São chamas silenciosas

A queimar e queimar...

São flamejantes pétalas,

Transmutando a dor

Dos distantes, mas reais

Seios de porcelana

Em algum sonho -

Talvez, um sorriso

Ou um carinho?

Delineado em um distante

Abraço, quase, etéreo...

E assim, despede - se à tarde

Despe - me em pausas...

Nuas sedas em contemplação