AMOR SUBLIME

Ela fugiu do lençol dourado que cobria o horizonte

Derreteu o gelo do alto monte e de seu frio se foi

Ela disse adeus aos rios e fez secar suas fontes

Tanto no depois quanto no antes, negou-se ao poema que a compôs!

Ela abdicou dos jardins e se foi levando todo perfume

Levou consigo também o sol, ao divorciar-se do dia

Ela se enamorou do azul e fez o céu lhe ter ciúmes

Ao despedir-se da lua, roubou-lhe toda alegria!

Ela desprezou o vento, que tristonho nos desertos parou

Negou até mesmo a sublimidade em que em divina forma a fez

Ela só não pode negar e fugir das grades invisíveis desse amor

Amor meu, que por ela a eternidade jamais se desfez!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/11/2007
Reeditado em 01/01/2012
Código do texto: T739383
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