AMOR
AMOR
Aprendo o que posso
em cada existência,
o que a vontade
me permite aprender.
Mas estando
você comigo,
eu aprendo a amar,
e assim
nos amamos,
num bem-querer mútuo.
Me parece
que a boa vontade
para aprender,
depende do bom senso
para amar.
Porém, não é o amar
de corpos,
é o amar de almas.
Não são
os desejos carnais,
são as uniões
dos Espíritos.
O que não se aprende
numa existência,
se aprende
em outra,
porque a pluralidade
das existências,
é uma condição precisa
à evolução
dos Espíritos,
atuando nos dois
planos distintos:
ora nos corpos físicos,
ora nos corpos fluídicos.
E o essencial é que,
nas diversas
fases vivenciadas
pelo Espírito,
o amar,
conquanto defeituoso,
envolve qualquer
aprendizado.
Pois o amor é a afeição
mais completa,
convergindo em si
todas as virtudes.
Então,
é preciso acrescermos
amor à vontade,
ao senso,
nas coisas
que aprendemos.
Sem a presença do amor,
não melhoramos,
não evoluímos.
Até mesmo
nas imperfeições
o amor está presente,
porque o amor
é o bem maior que une,
fraterniza e depura
todas as coisas.
O amor,
por assim dizer,
é o sentimento alquimista
que deveras
nos transmuta
e nos conduz à perfeição.
Adilson Fontoura