TROCA DE OLHARES
Ao fitar teu rosto,
O que se sobressai
É a beleza imensa,
Que do rosto se extrai.
Ao olhar-te as faces,
O que se percebe
É a candura exposta,
Que tanto me embebe.
Ao mirar-te os olhos,
O que se aproveita
É a delicadeza expressa,
Que do olhar é feita.
Ao fixar-te a fronte,
O que se denota
É o manso semblante,
Que dali tenho a prova.
Ao encarar-te de frente,
O que disso se ganha
É a suavidade angelical,
Que provém de tua façanha.
Ao devolver-te o olhar,
O que se pretende
É a perpétua troca,
Que a ti me prende.
2.007