Aquela noite
Aquela noite o vento frio
Veio encontrar meu corpo em desabrigo
O dorso quente encolhido
Suave as mãos sob o teu ventre, igualmente despido
Uma imagem que eu queria ali pra sempre
E no escuro o teu sorriso
Buscava a minha boca
E a minha boca passeava a tua pele
Doce veneno no meu peito se escondia
Era o medo daquela noite
Em minutos virar dia
Não teve jeito, o sol acordou
E junto com ele você levantou
Descansando o teu olhar nos meus olhos
Foi embora sem pensar
E eu assisti sem piscar meu coração se partir em dois
Levando contigo a outra metade
E na cama o pesar da saudade
Sabendo que não haveria um depois