Suave...
A hora do amor
Acabei de escrever, antes desse, meu último poema
Um poema forçado, judiado e sofrido
De uma dor sem sentido, mas que sinto
No contexto de uma desdita anunciada
(pandemia)
Uma tragédia dura, macabra e marcada
Tatuada e agravada com 'DNA' do mal.
Mas basta meu sofrer, que seja por instantes
Vou fazer como antes, escrever poemas mais leves
Descrever, plantar, colher, te oferecer uma flor
Vou fazer isso agora e queria dedicar a você
Meu novo poema de amor, só pra você, meu amor...
Quando não estou só,
eu ainda estou com você
Te sentindo inteirinha,
entregue em meu peito
Te possuindo, apertando,
te pegando de jeito
E em nosso leito secreto e de sonhos,
fazemos amor!
Mas não é simplesmente,
a consumação e o ato
Tem entrega, ardor e tesão
Tem desejos, paixão,
tem carícias, presentes
Tem afeto e querer,
ruçar, com boca, unhas e dentes
Explodindo, num bum!
E de repente, derramado o amor!
Num vai-e-vem prolongado
que não se quer parar e não cessa
Vão-se postas de lado,amarguras, agonias,
aflições, dores e medos
Pois conseguimos, guardar em nós,
só em nós, nossos segredos
E acesas ficam, todas gravadas,
Nuances de amor!
O relógio...
Ah, esse maldito marcado
Verdadeiro, estraga prazeres
Dedura você pra realidade,
dizendo, já deu o seu tempo
Mas mantém-se quente,
o calor deste eterno momento
E com o vento bom, de teu perfume
perfumando todinho,
nosso quarto de amor!
Como se passasse um ano,
...um século, ...uma vida
A saudade ligeiro, traz você
De volta pra mim
Já sei e decorei, sua resposta
mas apetece, ouvir o seu sim
E assim, se deu e se dá
mais uma linda história
A nossa temporada secreta...
A hora do amor!