Laços de Sinceridade
Não finjas, meu amor.
Quero-te como és
E reclamarei pelo que for,
Mas se és verdadeira
E mostra-te inteira
Não precisaremos nos impor.
Não preciso de promessas.
Me basta um olhar
Sincero e sem as pressas
Das paixões modernas
— Feitas para acabar
À medida que são impressas.
Sim, livre-se das amarras.
O carinho liberta
E não vive atrás das barras
Do cárcere da emoção,
Pendendo entre a razão
E a inconsequência das farras.
Sim, não somos perfeitos.
Tenho muitos problemas
e dilemas cravados no peito
— Somos dois machucados
Que vivem aos cuidados
De um afeto, em ato e trejeito.