Eu te amo
As pessoas são estranhas, mesmo aquelas a quem carrega-se no seio
Precisar o ser humano é como encontrar dois flocos de neve iguais.
Eu sou estranho, sempre fui e creio que faça parte do meu charme.
Somos as diversas cores refletidas, girando numa bolha de detergente.
O que eu estou sentindo agora? Além do amor próprio.
Decidi ser célula e me bastar com a auto suficiência limitada.
Não mais taquicardias, tremores, rubores e síncopes platônicas.
A mente domina o corpo bem como o cérebro domina o coração.
Mas o que seria de uma célula sem o sangue oxigenado e nutrido?
E do cérebro sem as artérias diretamente ligadas ao coração?
Eu falhei, todos nós falhamos inúmeras vezes, afinal abrigamos a humanidade.
O meu sentir é como uma suculenta do deserto, podem secar as folhas, mas as raízes continuam vivas.
Tanto rodeio para escancarar num poético Eu te amo.
Não é um eu te amo específico à alguém, é superior, engloba o universo, engloba todos os sentidos segundo o laço estabelecido.