Eu te amo

As pessoas são estranhas, mesmo aquelas a quem carrega-se no seio

Precisar o ser humano é como encontrar dois flocos de neve iguais.

Eu sou estranho, sempre fui e creio que faça parte do meu charme.

Somos as diversas cores refletidas, girando numa bolha de detergente.

O que eu estou sentindo agora? Além do amor próprio.

Decidi ser célula e me bastar com a auto suficiência limitada.

Não mais taquicardias, tremores, rubores e síncopes platônicas.

A mente domina o corpo bem como o cérebro domina o coração.

Mas o que seria de uma célula sem o sangue oxigenado e nutrido?

E do cérebro sem as artérias diretamente ligadas ao coração?

Eu falhei, todos nós falhamos inúmeras vezes, afinal abrigamos a humanidade.

O meu sentir é como uma suculenta do deserto, podem secar as folhas, mas as raízes continuam vivas.

Tanto rodeio para escancarar num poético Eu te amo.

Não é um eu te amo específico à alguém, é superior, engloba o universo, engloba todos os sentidos segundo o laço estabelecido.

Francisco Grandiel
Enviado por Francisco Grandiel em 07/11/2021
Código do texto: T7380603
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